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20 de out. de 2011

Salvador, século XX


ESGOTO, LIXO E DESCASO...

É mesmo triste a minha história...
Quem vê a lavadeira Rosalina Santos Soeiro, retirando com um balde água de uma cisterna dos fundos de uma casa, no fim de linha de ônibus do bairro de Boa Vista de São Caetano, não imagina que ali nasce o rio mais poluído de Salvador: o Camurugipe. Ainda hoje, além dessa, outras quatro fontes fazem parte das nascentes do rio, de onde a população retira água cristalina para uso doméstico, contrastando com a realidade de esgotos, dez metros adiante, e que se estende por 14 quilômetros, até a Praia do Costa Azul, na orla marítima.
Portanto, desde o início de sua formação, o bairro não sofreu qualquer tipo de intervenção ou planejamento urbano que disciplinasse o seu crescimento e desenvolvimento ou mesmo, a criação de infra-estrutura que oferecesse condições mínimas de moradia para seus habitantes. Verificou-se (do mesmo modo que ocorreu em outros, bairros populares da periferia) uma ocupação desordenada e a revelia do poder público, que em momento algum se preocupou com o atendimento das necessidades básicas da população ali concentrada.
Em anos anteriores eram freqüentes os deslizamentos de encostas, com conseqüentes mortes e perdas materiais, que ao longo da última década foram combatidas com informação e apoio da população que foi conscientizada da importância de não jogar lixo nas ribanceiras.


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